PERGUNTA A ...
 
 
 
     
Dr.Pedro Rodrigues
   
João Miguel Carvalho
Após uma pergunta mais "light", falemos de coisas mais sérias. Após teres recentemente assumido a tua adesão ao campo dos que abertamente defendem a regionalização (bem vindo), poderá a JSD caso no partido vença a tese da DRa Manuela Ferreira Leite (contra a regionalização) continuar a assumir essa luta mesmo correndo o risco de entrar em oposição ao partido. Se sim, como?
Sou da opinião que o PSD deve desenvolver um debate sério e descomplexado sobre o modelo de desenvolvimento que queremos propor aos portugueses em 2009. Penso que no actual estádio em que o nosso país se encontra a Regionalização é uma resposta a ponderar nesse dominio.
Assumirmos as nossas convicções, mesmo que não correspondam às posições do partido, é a nossa obrigação e isso não significa de modo algum estar-se na oposição ao partido. Aliás devo dizer que rejeito claramente a ideia de oposição ao partido.
O partido deve combater os seus adversários e não combater-se a si próprio. A unidade do partido não se constroi na unicidade de pensamento mas sim na diversidade e na pluralidade de pontos de vista. Todavia, a pluralidade de opiniões obriga e impõe responsabilidade no seu exercício.
Nuno Bastos
"Quando comparamos os jovens adultos −;; entre os 18 e os 29 anos −;; com os mais velhos, são raras as circunstâncias em que esses jovens adultos não exibem predisposições e comportamentos participativos semelhantes ou até mais elevados do que o resto da população activa." - in Estudo "Os Jovens e a Política" realizado pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica Portuguesa; partindo deste dado, qual é a perspectiva que o Presidente da JSD tem acerca dos comportamentos participativos dos jovens adultos nos partidos portugueses em geral, e no PSD em particular?
Os jovens não revelam menores índices de participação cívica que os demais estratos da sociedade portuguesa. Aliás, é curioso que todos os estudos sociológicos que têm por objecto a análise do comportamento juvenil revelam que são os jovens que revelam maiores índices de participação cívica. São os que mais participam em associações cívicas, que mais se mobilizam em acções de voluntariados e os que mais se motivam por causas.

A nossa geração não está menos motivada para a participação política do que as gerações anteriores. Todavia, demonstram-se menos motivados do que outros estratos da sociedade para a participação partidária.

O mal, creio, está no funcionamento das organizações partidárias, no seu discurso e nas suas prioridades. Estas não correspondem às preocupações e prioridades da juventude portuguesa.

Nesse sentido, o grande desafio dos actores políticos, em especial da nossa geração, é reinventar os mecanismos de organização e participação dos jovens, de forma a potenciá-la. As necessidades, expectativas e os anseios da nossa geração são diferentes do passado. Os paradigmas mudaram: não são os mesmos de há 30 ou há 50 anos. Então se tudo mudou por que razão os partidos não mudaram a sua organização e interacção com os cidadãos?
Paula Coutinho
Cada vez mais se vêm os jovens desatentos ou mesmo sem interesse pela política. Que medidas acha que deverão ser tomadas no sentido de incentivarem os jovens a participarem mais activamente na sociedade?
Os jovens não revelam menores índices de participação cívica que os demais estratos da sociedade portuguesa. Aliás, é curioso que todos os estudos sociológicos que têm por objecto a análise do comportamento juvenil revelam que são os jovens que revelam maiores índices de participação cívica. São os que mais participam em associações cívicas, que mais se mobilizam em acções de voluntariados e os que mais se motivam por causas.

A nossa geração não está menos motivada para a participação política do que as gerações anteriores. Todavia, demonstram-se menos motivados do que outros estratos da sociedade para a participação partidária.

O mal, creio, está no funcionamento das organizações partidárias, no seu discurso e nas suas prioridades. Estas não correspondem às preocupações e prioridades da juventude portuguesa.

Nesse sentido, o grande desafio dos actores políticos, em especial da nossa geração, é reinventar os mecanismos de organização e participação dos jovens, de forma a potenciá-la. As necessidades, expectativas e os anseios da nossa geração são diferentes do passado. Os paradigmas mudaram: não são os mesmos de há 30 ou há 50 anos. Então se tudo mudou por que razão os partidos não mudaram a sua organização e interacção com os cidadãos?
Rafael Remondes
Nesta Universidade de Verão foi estudado um trabalho sobre os jovens e a politica, chegando a conclusões e a medidas também.

Ora seria imporante o que é que a JSD deve fazer para chamar mais os jovens a politica, ou seja, que planos têm para contrariar o afastamento dos jovens da politica.

Portanto queria perguntar ao Pedro Rodrigues as melhores medidas que a JSD deve tomar para chamar os jovens para a politica.
Os jovens não revelam menores índices de participação cívica que os demais estratos da sociedade portuguesa. Aliás, é curioso que todos os estudos sociológicos que têm por objecto a análise do comportamento juvenil revelam que são os jovens que revelam maiores índices de participação cívica. São os que mais participam em associações cívicas, que mais se mobilizam em acções de voluntariados e os que mais se motivam por causas.

A nossa geração não está menos motivada para a participação política do que as gerações anteriores. Todavia, demonstram-se menos motivados do que outros estratos da sociedade para a participação partidária.

O mal, creio, está no funcionamento das organizações partidárias, no seu discurso e nas suas prioridades. Estas não correspondem às preocupações e prioridades da juventude portuguesa.

Nesse sentido, o grande desafio dos actores políticos, em especial da nossa geração, é reinventar os mecanismos de organização e participação dos jovens, de forma a potenciá-la. As necessidades, expectativas e os anseios da nossa geração são diferentes do passado. Os paradigmas mudaram: não são os mesmos de há 30 ou há 50 anos. Então se tudo mudou por que razão os partidos não mudaram a sua organização e interacção com os cidadãos?
Marco Rodrigues
João, se possível, poderias enumerar 5 novas políticas de segurança nacional que implementarias se tivesses oportunidade para tal?
O problema insegurança e da delinquência juvenil é um dos principais flagelos da nossa sociedade. Deve ser combatido de forma estrutural e não através da análise de questões avulsas. Um jovem delinquente é, na maioria das ocasiões, alguém que não teve oportunidade de ser incluído na nossa sociedade.

Em Portugal a igualdade de oportunidades é uma miragem. Não há igualdade de oportunidades no acesso à educação. Não há igualdade de oportunidades no acesso ao emprego. Não há igualdade de oportunidades no acesso à habitação.

O sistema de educação não demonstra ser atractivo e não cumpre a tarefa de inclusão. Por isso, e do nosso ponto de vista, o combate à delinquência juvenil passa pela séria aposta num sistema de educação que permita ao jovem ter oportunidades reais na sociedade portuguesa. Que permita o acesso ao emprego e à habitação.

Não é pela repressão que estruturalmente se combate a delinquência juvenil, mas sim através da inclusão e da promoção da igualdade de oportunidades.

Paula Coutinho
Os media falam diariamente da insegurança, dos assaltos que assombram o país. Se fosse Ministro da Segurança, que medidas tomaria para atenuar a falta de segurança? Acha que esta insegurança têm alguma coisa haver com o fosso que existe entre a chamada classe baixa e a classe alta?
O problema insegurança e da delinquência juvenil é um dos principais flagelos da nossa sociedade. Deve ser combatido de forma estrutural e não através da análise de questões avulsas. Um jovem delinquente é, na maioria das ocasiões, alguém que não teve oportunidade de ser incluído na nossa sociedade.

Em Portugal a igualdade de oportunidades é uma miragem. Não há igualdade de oportunidades no acesso à educação. Não há igualdade de oportunidades no acesso ao emprego. Não há igualdade de oportunidades no acesso à habitação.

O sistema de educação não demonstra ser atractivo e não cumpre a tarefa de inclusão. Por isso, e do nosso ponto de vista, o combate à delinquência juvenil passa pela séria aposta num sistema de educação que permita ao jovem ter oportunidades reais na sociedade portuguesa. Que permita o acesso ao emprego e à habitação.

Não é pela repressão que estruturalmente se combate a delinquência juvenil, mas sim através da inclusão e da promoção da igualdade de oportunidades.

André Matias
Pedro Rodrigues em tua opiniao o reduzido numero de jovens que se envolvem na politica envolve essencialmente a falta de credibilidade dos politicos de hoje ou tambem a outras tematicas como por exemplo existirem poucas iniciantivas que lhes façam despertar o desejo de participaçao na politica ?



Obrigado
O desafio de motivar e mobilizar os jovens para a intervenção política é um dos mais importantes da nossa geração.
Todavia, para que tal suceda é essencial que os actores políticos por um lado, falem a mesma linguagem dos jovens, e por outro assumam como prioridades de acção questões que digam respeito às principais preocupações dos jovens.
Os jovens não se motivam na intervenção política sentindo que as suas preocupações e anseios não se encontram no topo das preocupações dos politicos.
É certo que os jovens tem de se aproximar da intervenção cívica, mas estou convicto que é responsabilidade das organizações politicas promoverem os espaços e as condições próprias para potenciar essa aproximação.
Alberto Fernandes
Quando terminares o teu mandato como Presidente da JSD pelo que gostarias de ser recordado? (por que medida, tomada de posição, mudança real no país, etc)
Não pretendo ser recordado por nenhuma medida em especial. Gostaria que no final do meu mandato fosse claro que a JSD se afirmou como uma estrutura preocupada com os anseios e ambições da juventude portuguesa, não só ao nível da denuncia da falta de políticas do governo, mas também através da defesa das nossas próprias propostas.
A minha ambição é colocar a JSD junto dos jovens portugueses, entender e interpretar as sua preocupações e defender intransigentemente a adopção de politicas sérias ao nivel da educação, emprego e habitação.
Cláudia Cordeiro
O que achas disto?





www.veraolaranja08.blogspot.com
Não conhecia o vosso blog. Visitei e gostei! A UV não é só trabalho. A UV é também feita de pequena histórias, como alias, tu bem revelas no teu blog... Como vos referi na sessão de abertura além de terem tido a oportunidade de durante esta semana participar em discussões sobre as grandes questões que se colocam ao nosso futuro colectivo, tiveram também a oportunidade de conhecer novos amigos. Eu conheci pessoas extraordinárias nesta UV. E tu?
Vasco Galhofo
É poss+ivel que a JSD consiga ganhar ainda mais protagonismo político próprio, sendo reconhecida não só por ser a Juventude mais organizada, e do Psd, mas também por ter ideias firmes, inovadoras e únicas?
Essa é a nossa ambição e é para isso que trabalhamos.
Aliás, o nosso desafio é criar novas soluções para velhos problemas. Se atentares à realidade do nosso país nos últimos 20 anos constatarás que os problemas que hoje enfrentamos correspondem aos mesmissimos com que há 20 anos o pais se defrontava. O problema é que as abordagens dessas questões está totalmente desajustada da realidade e das nossas necessidades. É por isso determinante encontrar novas abordagens e novas soluções.
João Oliveira
Sendo que hoje em dia a generalidade dos jovens Portugueses estão alheados, afastados da politica, e sabendo também que a melhor e mais eficaz forma de fazer passar a nossa mensagem a esses mesmo jovens seria através dos media(seja TV, rádios, Internet, etc), não consideras que seria necessário um maior empenho para que a JSD apareça mais vezes nesses mesmos media?
É absolutamente determinante a presença da JSD nos media de modo a transmitirmos de forma eficaz a nossa mensagem politica. Todavia, é importante ter a noção que notoriedade não é igual a credibilidade. Ou seja, não se mede a qualidade da nossa intervenção e a confiança que os jovens tem em nós pelo número de intervenções feitas na comunicação social, mas sim pela sua substância.
João Miguel Carvalho
Caro Pedro, tendo-se o nosso reitor Carlos Coelho (o "Carlos Queiroz" da politica portuguesa) referido ao grupo da UV como uma seleção nacional, queria saber se tu enquanto membro da sua "equipa tecnica" já vislumbras valores capazes de serem selecionados para a seleção A ?
Confesso que não só que já vi novos valores capazes de serem chamados à selecção A, como me parece que a selecção de esperanças esta preparada para fazer um jogo treino contra a selecção A.
Goreti Martins
Pedro, ouvimos com atenção os trabalhos dos grupos sobre o relatório "Os Jovens e a Politica". Existiram sugestões extremamente válidas, quais serão para ti as 3 principais a desenvolver pela JSD?!
Como tive oportunidade de ontem referir, a criação de condições que permitam potenciar a participação dos jovens na politica é o grande desafio da nossa geração... A criação de novos espaços de intervenção politica como os conselhos municipis de juventude, a transformação das escolas num espaço de construção de cidadania e a reforma dos partidos politicos de forma a transforma-los em espaços de intervenção mais atractiva parecem-me as mais importantes medidas a desenvolver neste dominio.
Clara Nogueira
Com toda a discussão que houve em torno da violência nas escolas, em particular no caso Carolina Michaelis, e depois das acções que a JSD levou a cabo para alertar para esta situação deveras preocupante, achas que o governo tomou as medidas necessárias para por por cobro a esta situação?
Clara, de facto não me parece que o Governo tenha assumido o problema da violência nas escolas com a seriedade que a questão merece. Em todo o caso, a violência nas escolas não se combate com a tomada de medidas avulsas. Por um lado, é essencial que a escola se afirme como um espaço de formação de cidadãos e que os curriculuns demonstrem adequação à realidade do país. Mas por outro lado, é também necessário ter a noção de que o problema não se resolve apenas na escola. As familias são igualmente espaço determinante na formação dos jovens e na prevenção de questões desta natureza.
Tiago Laranjeiro
Porque motivo a JSD não está inscrita junto do RNAJ, que permite actualmente a inscrição de Organizações equiparadas a Associações Juvenis, entre elas Organizações de Juventude, Partidárias ou Sindicais"?
Caro Tiago, colocas uma questão altamente pertinente. Não estamos insritos no RNAJ porque a JSD não tem personalidade juridica, ou seja, para efeitos legais não somos considerados entidade distinta do PSD. E, como referes, a inscrição no RNAJ está reservada a Associações Juvenis apenas. Em todo o caso, estamos a tentar junto do IPJ criar uma solução que permita enquadrar excepcionalmente as juventudes partidárias no RNAJ.
Duarte Martins
A questão que gostaria de lhe solicitar é sobre o silêncio da nossa Presidente do partido, dado que hoje surgem noticias sobre a sua não comparência na emblemática e mediática festa do Pontão. Será este um factor fraccionário do partido? De salientar, ainda, que no Algarve não temos tido os resultados esperados, não seria esta uma boa oportunidade para começar a unir o partido a sul?
Caro Duarte, na vida interna do partido há momentos para divergir e momentos para unir. Nos períodos de debate interno devemos confrontar as diversas opiniões sobre o futuro do partido. Após os debates internos devemos convergir e ajudar o partido a construir um projecto politico alternativo ao partido socialista que nos permita reconquistar a confiança dos portugueses.
Nesse sentido, a Presidente do PSD deve definir a sua estratégia e agenda e acordo com o que considera ser o cumprimento do interesse do partido.
Diogo Gomes
Sabendo que as Políticas de juventude deste Governo são desastrosas, e que a JS é um "pau mandado" do P.S. ou como tu lhe chamas-te na figueira um PS dos pequeninos, quais as politicas de juventude prioritárias para ti? Abraço
Caro Diogo, as juventudes partidárias tem de se assumir sempre como porta vozes da juventude dentro dos partidos e não porta vozes do partido dentro da juventude. Existimos para defender intransigentemente os jovens em todas e quaisquer circunstâncias, mesmo que não seja cómodo.
Este Governo, de facto, não tem politicas de juventude! Não há memória de um Governo que tanto mal tenha feito à juventude portuguesa.
Do meu ponto de vista, as principais questões que afectam os jovens são o emprego, a habitação e a educação e, são por isso, as que devem merecer prioridade por parte do governo.
André Aldeia
Durante a Universidade de Verão não é possível abordar, obviamente, todas as áreas de interesse e por isso aproveito este espaço para introduzir uma questão relacionada com as Autarquias.



É do meu entender que qualquer dirigente autárquico tem de compreender claramente o objecto com que trabalha. Um qualquer território nacional ou internacional é regulado por inúmeras regras e factores urbanos, ambientais , sociológicos , económicos, etc. Não vale a pena tentar negarmos que só através do aconselhamento dos órgão internos das autarquias estamos aptos a entender as origens, o funcionamento e as causas dos mesmos. Ilustro com uma citação de Confúcio do séc. IV a.c. - "oiço e esqueço, vejo e lembro, faço e compreendo." .

Num panorama actual onde se assiste à falta de sensibilidade de alguns políticos para algumas das áreas referidas e estando nós aqui hoje em formação, em aprendizagem, para que possamos no presente e no futuro dignar o partido e o país é para mim o momento oportuno para colocar a questão.

Tal como o médico mexe com o nosso organismo, um arquitecto com as nossas casas, o advogado com as nossas leis porque só eles tem a formação e capacidades atribuídas para os respectivos exercícios.



Não seria responsável introduzir requisitos mínimos, através de licenciaturas, pós graduações, mestrados ou outro tipo de formações, desde que rigorosamente validadas e avaliadas, nas candidaturas e exercício do Poder Autárquico?



Caro André sou da opinião que o exercício de cargos públicos, designadamente cargos autárquicos, exigem de facto um conjunto de caracteristicas. Todavia, não me parece que os mesmos sejam transmitidos exclusivamente através da obtenção de graus académicos. O dominio de conceitos teóricos é importante mas é igualmente determinante a noção de serviço público e a experiência. E, isso não se obtem com graus académicos.
Em suma, parece-me que estipular requisitos minimos para os candidatos não me parece que solucionasse o problema da falta de preparação e de credibilidade dos nossos autarcas.
Irina Martins
Enquanto Presidente da JSD, qual a sua opinião em relação ao silêncio da líder do Partido? Concorda com as críticas internas e da Comunicação Social em relação a este assunto?
Cara Irina, não concordo de forma alguma com as criticas internas. Sou da opinião que o partido não pode após os momentos de debate interno persistir num movimento de criticas à actuação da Presidente do partido. É à Presidente do PSD e à sua equipa que cabe a definição da estratégia que entendem em cada momento melhor servir os interesses do partido e do país. Os militantes e dirigentes do PSD devem assumir as suas responsabilidades no sentido de ajudar o partido a construir um projecto sólido e consistente para ganharmos o ciclo de 2009.
Em todo o caso sou da opinião que os responsáveis politicos devem falar quando entendem e sobre as matérias que consideram relevantes. Não pode ser a comunicação social a determinar os timings politicos. Numa época de grande pressão mediática é determinante para o sucesso de qualquer politico que não fique refem da comunicação social na definição da sua estratégia e na sua intervenção.
Ricardo Lopes
O convite e presença do Dr. Pacheco Pereira numa iniciativa da JSD é a melhor resposta à opinião que dele é conhecida acerca das juventudes partidárias?
As juventudes partidárias não são distintas de quaisquer outras organizações. Tem vicios e virtudes tais como os partidos políticos, as empresas e as organizações profissionais, por exemplo. Todavia, a forma de combater as opiniões dos cépticos não é ignora-las. A forma de combate-las é sermos mais exigentes connosco, aumentarmos o nosso rigor e exigência e demonstrar que essas posições não são sustentadas.
Não tenho a minima dúvida que todos quantos passem pela Universidade de Verão ficarão com a clara percepção que a JSD não é uma escola de carreiristas, mas sim uma organização comprometida com os desafios das novas gerações.
Frederico Saraiva
Pedro, como líder da nossa JSD, o que caracteristica ou caracteristicas consideras mais importantes do ponto de vista de grupo, na participação na universidade de verão?
As caracteristicas mais importantes são a solidariedade, a amizade, a tolerância, o empenho e o companheirismo.
Aliás, meu caro Frederico, essa tem sido a marca das diversas edições da UV e, se me permites, é já també a marca desta Universidade de Verão.
Nuno Pais
Quais são as medidas que a JSD quer e/ou deve implementar, para que consiga criar uma onda de motivação, de mobilização dos jovens militantes e simpatizantes do PSD, com o objectivo de vencermos as eleições do próximo ano?
A motivação e a mobilização alcançam-se através das causas. A JSD e o PSD tem de desenvolver um discurso e prática que coincida com os problemas que os portugueses enfrentam e encontrar soluções adequadas à sua resolução. Ser formos capazes de o fazer estou certo que estaremos em condições de mobilizar os militantes e os portugueses para os desafios eleitorais de 2009.
Helena Antunes
Ultimamente, muito se tem falado do alheamento dos jovens face à política.
Ainda em Maio passado, o nosso Presidente da República pedia uma reflexão
"séria e serena" sobre tal facto. Em jeito de resposta, tu discordaste de
Cavaco Silva acusando os políticos deste afastamento. Tendo em conta aquilo
com o que te tens deparado nestes anos que levas enquanto membro de uma
estrutura de juventude política e agora enquanto líder da mesma, como vês
esta questão? Há realmente uma desacreditação dos jovens face à política? Se
a há a que pensas que se deve?
Por exemplo, as gerações acima de nós referem constantemente a fase pós 25
de Abril como uma fase de prosperidade política, os jovens mostravam-se mais
interessados pelos destinos do país e participavam intusiasticamente nas
mais diversas iniciativas políticas. Hoje dizem que os jovens vivem num
facilitismo, não se esforçam por nada, estão desinteressados pelos destinos
políticos do país. Concordas com esta última parte? O que terá suscitado
esta mudança de comportamento dos jovens face à política?

Os jovens não revelam menores índices de participação cívica que os demais estratos da sociedade portuguesa. Aliás, é curioso que todos os estudos sociológicos que têm por objecto a análise do comportamento juvenil revelam que são os jovens que revelam maiores índices de participação cívica. São os que mais participam em associações cívicas, que mais se mobilizam em acções de voluntariados e os que mais se motivam por causas.


A nossa geração não está menos motivada para a participação política do que as gerações anteriores. Todavia, demonstram-se menos motivados do que outros estratos da sociedade para a participação partidária.


O mal, creio, está no funcionamento das organizações partidárias, no seu discurso e nas suas prioridades. Estas não correspondem às preocupações e prioridades da juventude portuguesa.


Nesse sentido, o grande desafio dos actores políticos, em especial da nossa geração, é reinventar os mecanismos de organização e participação dos jovens, de forma a potenciá-la. As necessidades, expectativas e os anseios da nossa geração são diferentes do passado. Os paradigmas mudaram: não são os mesmos de há 30 ou há 50 anos. Então se tudo mudou por que razão os partidos não mudaram a sua organização e interacção com os cidadãos?


Carlos Almeida
Um dos grandes problemas das sociedades actuais são os grupos de jovens de bairros sociais (os tão falados "gangues") que criam situações de insegurança, afectando a ordem pública. Portugal não é diferente de outros países e sofre deste mal. Muitos deste jovens provém de famílias destruturadas e desde muito cedo "sentem na pele" os problemas e dificuldades da vida e de uma sociedade muitas vezes descriminadora. Que propostas concretas a JSD está a pensar ou já apresentou no sentido de tentar ocupar e retirar estes jovens do caminho da delinquência?

O problema insegurança e da delinquência juvenil é um dos principais flagelos da nossa sociedade. Deve ser combatido de forma estrutural e não através da análise de questões avulsas. Um jovem delinquente é, na maioria das ocasiões, alguém que não teve oportunidade de ser incluído na nossa sociedade.

Em Portugal a igualdade de oportunidades é uma miragem. Não há igualdade de oportunidades no acesso à educação. Não há igualdade de oportunidades no acesso ao emprego. Não há igualdade de oportunidades no acesso à habitação.

O sistema de educação não demonstra ser atractivo e não cumpre a tarefa de inclusão. Por isso, e do nosso ponto de vista, o combate à delinquência juvenil passa pela séria aposta num sistema de educação que permita ao jovem ter oportunidades reais na sociedade portuguesa. Que permita o acesso ao emprego e à habitação.

Não é pela repressão que estruturalmente se combate a delinquência juvenil, mas sim através da inclusão e da promoção da igualdade de oportunidades.


António Barroso
Caro Amigo,

Que balanço fazes do teu trabalho na Liderança da nossa Querida JSD?
João Almeida
Há nesta universidade um espírito bastante positivo e propício tanto ao debate como às relações interpessoais. Sendo eu dos poucos não militantes aqui presentes queria perguntar à mais alta figura da JSD se é este o espírito que caracteriza a Juventude do nosso partido? É óbvio que, como tudo na vida, nada é um mar de rosas. Contudo, agora que se aproxima o fim desta experiência, o meu balanço é muito positivo (a um nível arrebatador se me permitem acrescentar). Se este for um espelho do ambiente vivido na Juventude Social Democrata...
João Miranda
Como presidente da JSD, concordas com o aumento da escolaridade obrigatória para o 12º ano? Não pensas que seria preferível apostar antes num melhoramento da qualidade do ensino até ao 9º e só depois se partir para esse aumento?
Nuno Pais
Acha que o desinteresse e afastamento dos jovens pela política não é afectado pela ausência de oportunidades de pertencerem a mais orgãos decisores, serem mais influentes, serem ouvidos, tidos em mais e forte consideração? Qual acha que deveria ser a quota de jovens nos órgãos decisores do partido?
Nuno Pais
Quais as medidas que a JSD quer apresentar para combater o crescente desemprego dos jovens licenciados?
Sílvia Fernandes de Oliveira
Caro Predro Rodrigues,

tendo-me escrito à pouco tempo como militante da JSD, gostaria de saber de que forma eu poderia interagir mais activamente dentro da minha área geográfica, atráves desta instituição partidária, nos problemas cívicos mais delicados que se fazem sentir no nosso país?



Sílvia Oliveira
Tiago Laranjeiro
Pedro Rodrigues,



Concordas com a actual "proliferação" de instituições de ensino superior pelo país, algumas até sem alunos que justifiquem a sua existência?



Concordas com a existência dos mesmos cursos nas várias instituições?
Vasco Galhofo
Irá a JSD aproveitar as nossas propostas e medidas, de modo a fazê-las ouvir não so dentro do partido como no panorama político nacional?
     

 

 

 

 

 
10.00 - Avaliação da UNIV 2008
12.00 Sessão de Encerramento da UNIV