Dr. José Manuel Durão Barroso
Qual a sua opinião sobre uma futura harmonização fiscal na União Europeia, se será possível a breve prazo e se será um factor positivo para Portugal? Não será possível uma harmonização fiscal nos tempos mais próximos porque há posições diferenciadas entre os Estados Membros e seria necessário obter unanimidade sobre a matéria.
Prof.Dr. João de Deus Pinheiro
Qual a sua opinião relativamente à formação de um Exército Europeu, como factor de obtenção de uma verdadeira política de defesa da União Europeia, salvaguardando maior independência para os E.U.A e para os países U.E. tivessem uma actuação nesse sentido. (Resposta conjunta)
Durante a chamada "guerra-fria" (ou conflito E-W) a percepção da ameaça do bloco soviético era clara e inequivocamente partilhada pelos dois lados do Atlântico. Com a implosão do bloco soviético a percepção das ameaças (terrorismo, contrafacção, conflitualidade regional, subdesenvolvimento,...) é diferente nos EUA e na UE.
Ora, de preocupações diferentes, resultam estratégias diferentes.
Acresce que a UE tem (mal, quanto a mim) favorecido em exclusivo o "soft power" (diplomacia, sanções económicas,...), deixando o "hard power" (poder militar e logístico) nas mãos dos EUA. Assim, agindo em conjunto são poderosos mas, um sem o outro fica com "capitis diminutius"
É desejável que, se quiser ter mais peso nas questões internacionais, a UE aumente as suas capacidades próprias de defesa e de logística. É também desejável que os EUA assentem mais a sua política nas instituições multilaterais.
Julgo que qualquer que seja o próximo Presidente dos EUA, é o que tenderá a suceder.
Contaremos com o seu empenhamento para que a Lei Eleitoral Autárquica seja alterada, para de uma forma clara e inequívoca encontrarmos a estabilidade governativa no Poder Local? (Resposta conjunta ao tema Regionalização proposto por vários alunos)
Em 1998 votei contra a regionalização. Entretanto, adquiri experiências que me deram mais abertura para a questão. O País fechou-se ainda mais em torno de Lisboa, degradando a qualidade de vida da capital e perdendo, assim, oportunidades de desenvolvimento nas outras regiões.
Hoje, em matéria de desenvolvimento económico, a regionalização tem grandes vantagens.
Tenho, no entanto, ainda algumas dúvidas no que concerne à parte política. Em que medida não poderemos vir a enfraquecer ainda mais este depauperado regime, agravando a ingovernabilidade e a autoridade do Estado, quando forem eleitos líderes regionais que privilegiem o populismo e coloquem o interesse local acima do nacional?
É esta questão que também vai estar em debate no ciclo de conferências que a Câmara do Porto está a organizar. Um abraço a todos e muitos parabéns por mais uma excelente UV.
Vanessa Fernandes
Em primeiro lugar quero-te felicitar por seres como és: GRANDE exemplo e simplesmente 5 estrelas.
A minha questão é: Achas que a política é importante e pensas um dia participar activamente na política?
Não sei se for excepção, mas se não foi, sugiro que a sala de aula esteja acessível pelo menos meia hora antes de cada sessão. Acredito que hoje de manhã foi uma excepção.
Sugiro que durante a Universidade de Verão os dias tenham 30 horas para que possamos trabalhar ainda mais.
Além da fantástica e completa revista de imprensa que é entregue, também seja disponibilizada numa revista de imprensa com fotocópias das matérias publucadas sobre a Universidade de Verão. Se possível a editar já nesta edição da UV.
Se crie no youtube, no sapo videos, ou outro site, um canal com os excertos de notícias transmitidas nas TV's. Ou pelo menos na intranet.
Sugiro que em próximas edições, em termos orais ou através de documentação escrita se explica quais os órgãos políticos existentes, o sua forma de funcionar e também o método de hondt.
DEVIDO Á IMPORTÂNCIA DAS ELEIÇÕES AMERICANAS NO CONTEXTO GEOPOLÍTICO, SUGIRO QUE NUMA PRÓXIMA EDIÇÃO, DE FORMA ORAL OU ESCRITA SE INFORME RELATIVAMENTE AO SISTEMA ELEITORAL AMERICANO, SEM DESCURAR AS PRIMÁRIAS