José Eduardo Martins apresentou, no painel da manhã, uma aula   subordinada ao tema “Ambiente e Energia: O que temos de decidir já.”
O   Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PSD e membro da Comissão Política   Nacional deu início à sua exposição afirmando que “a primeira reflexão de uma   politica de ambiente para o começo do terceiro milénio é uma análise da nossa   capacidade de percepção colectiva e da determinação para mudar de atitude   perante a utilização dos recursos naturais e a conservação do património   ambiental do Planeta”.
O orador enquadrou a evolução do acervo   comunitário, onde a União Europeia é o bloco económico liderante na resposta aos   desafios ambientais. Relativamente à evolução legislativa nacional, dando o   exemplo da Lei de Bases do Ambiente, que aprovada pelo PSD em 1987, consagra com   uma actualidade inquestionável, os princípios e instrumentos da Precaução e   Prevenção, do Controlo Integrado da Poluição e da Responsabilidade   Partilhada.
Mas, precisa de acentuar a dimensão económica da política   ambiental para responder à crescente escassez de recursos ambientais potenciada   pela globalização dos mercados.
Para potenciar um espaço de elevada   qualidade ambiental e paisagística, percursor e matéria-prima para os sectores   de actividade e serviços que dele dependem, é preciso uma politica de ambiente   alicerçada em várias linhas de força para uma nova política de ambiente, onde se   destaca a preservação da biodiversidade, uma nova cidadania ambiental ou assumir   o desempenho ambiental como base de sustentabilidade e competitividade das   empresas.
Para o deputado do PSD, “o melhor desenvolvimento ambiental é   o que para a maior produção de um determinado serviço, conduz a uma menor   utilização de recursos ambientais”, tendo novas abordagens como são o Controlo   Integrado de Poluição e Redução da Poluição na Fonte ou a certificação ambiental   como factor de competitividade.
No capítulo referente à energia, José   Eduardo Martins “o nosso modelo energético chega simultaneamente aos seus   limites físicos, económicos e ambientais”, conduzindo-nos “para uma crise   energética cada vez mais evidente”. Apesar de não existir acordo sobre o “peak   oil”, que é ponto em que  metade das reservas de petróleo do planeta se   encontram consumidas. 
Independentemente de acontecer em 2010, 2020 ou   2030, é incontornável que chegamos já ao limite dos recursos acessíveis   facilmente e a baixo custo. 
As consequências previsíveis das fontes   energéticas têm conduzido ao aquecimento global acumulando-se as evidências dos   seus efeitos nefastos: deterioração dos ecossistemas, aumento da desertificação,   subida do nível do mar, aumento da frequência e intensidade dos fenómenos   climáticos extremos como as secas, cheias e furacões.
José Eduardo   Martins fez ainda uma explicação detalhada sobre os fundamentos, metas e   objectivos do Protocolo de Kyoto, bem como dos desafios que se lhe colocam após   2012. A nova Política Europeia contra as Alterações Climáticas, confirmam os   objectivos da Cimeira da Primavera de Março 2007.
Na sessão de perguntas   dos grupos foram ainda abordadas questões como a responsabilidade social das   empresas, o desenvolvimento das energias renováveis, energia nuclear, a   exposição da economia portuguesa à subida do petróleo.
Ao início da   tarde, os alunos fizeram um exercício de simulação de   conferência de imprensa, onde apresentaram as suas propostas para combater o   afastamento dos jovens da participação política. As propostas dos grupos surgem   na sequência da análise que realizaram ao   estudo sobre as atitudes e comportamentos políticos dos jovens em Portugal   sobre o qual o Senhor Presidente da República fez incidir a sua intervenção na   34ª Sessão Comemorativa do 25 de Abril, na Assembleia da   República.
Alexandre Relvas regressou à Universidade de   Verão Francisco Sá Carneiro para o jantar conferência de quinta-feira.
 Na   qualidade de empresário de sucesso, o CEO e accionista da Logoplaste, explicou   aos alunos o longo caminho para o sucesso que a Logoplaste percorreu, sendo hoje   uma empresa liderante no mercado internacional.
 Alexandre Relvas começou   por transmitir aos alunos que a sua consciência cívica leva-o a participar em   diversas palestras em que a juventude está presente, como são as universidades,   associações e como é também o caso da UV2008.
 Alexandre Relvas reforçou a   urgência de uma intervenção social no país, sendo a igualdade de oportunidades o   desígnio a alcançar. O CEO e accionista da Logoplaste mostrou-se muito sensível   às situações de "pobreza infantil, do gritante abandono e insucesso escolares,   do acesso ao primeiro emprego, e da igualdade de oportunidades entre gerações".   Alexandre Relvas entende que é necessário que a sociedade construa um novo   contrato geracional que garanta uma igualdade de oportunidades entre gerações,   para que as novas gerações recebam o país, pelo menos, nas condições em que os   mais velhos o encontraram.
Alexandre Relvas, explicando o sucesso da   Logoplaste, transmitiu esperança e coragem de empreender, demonstrando, através   do caso prático da sua empresa, que é possível vencer em Portugal e a nível   internacional, apesar das diversas condicionantes do país e da economia   nacional.
Alexandre Relvas apresentou a estratégia empresarial da   Logoplaste, bem como o desenvolvimento e internacionalização da mesma, que   "produzindo embalagens de plástico, fá-lo obedecendo às regras da política   europeia de reciclagem" e de acordo com a responsabilidade ambiental da   empresa.
O relato da missão e actividade de uma empresa que aposta na   inovação e na competitividade, que tem hoje cinquenta unidades de produção em   diversos pontos do globo e que mantém um crescimento médio anual de 18%, desde   1992, deixou os jovens profundamente motivados.
O projecto de   responsabilidade social CADIN,   desenvolvido "pelas mil e trezentas pessoas da Logoplaste" em conjunto com   outras empresas, fez soar os aplausos por parte dos cem jovens da   UV2008.
Os dez grupos colocaram um conjunto de questões ao   conferencista, que foram das questões do empreendedorismo e iniciativa privada,   passando por temas de política internacional, como as eleições nos Estado Unidos   da América, até às questões que afectam hoje a juventude, como são o primeiro   emprego, a habitação ou a mobilidade. 
 Os alunos da Universidade de   Verão Francisco Sá Carneiro não ignoraram as responsabilidades que o empresário   assume à frente do Instituto Francisco Sá Carneiro e colocaram ainda questões   sobre estratégias a adoptar para vencer os desafios eleitorais de   2009.
Alexandre Relvas defendeu que a sociedade exige uma nova narrativa   e novas ideias na abordagem aos problemas de hoje.