Iniciativas como a UV são muito importantes. Denotam a preocupação com a qualificação exigente dos agentes políticos e dão garantias de, a prazo, a substância se sobrepor à forma na produção das ideias e na afirmação de projectos alternativos. Este tipo de iniciativa também tem o mérito de ir preparando os jovens quadros para ambientes competitivos em que se torna relevante a rapidez e a eficácia na comunicação.

É tão essencial como um imperativo de ética política. Todos os partidos devem fomentar no seu seio a diferença de opinião e a controvérsia política, pois que, tal como no quadro pluripartidário mais alargado, é no respeito pela divergência de opiniões que se exerce o contraditório e a afirmação das alternativas.

E, do mesmo modo, esse pluralismo não pode deixar de se expressar pelos meios mediáticos típicos das sociedades modernas e das grandes organizações. Porém, em tempo pré-eleitoral, a ausência, contenção e auto-controlo corre o riso de se converter em sabotagem ou dissidência. E tal atitude representaria uma falta de respeito pela regra da maioria que vigora em democracia.