Sejamos francos e honestos: a Regionalização está enterrada. Foi uma decisão livre e soberana do Povo português!
Deixem-se de ilusões os que, felizmente poucos, ainda acham que a regionalização pode ressuscitar. A regionalização não é uma preocupação da sociedade portuguesa, e levantar este tema, num momento em que o País está a braços com um deficit público que ameaça tornar-se crónico, e com a Reforma da Administração Pública, é um erro.
Vamos criar mais uma administração pública regional? Vamos criar uma nova classe política? Vamos criar parlamentos regionais? Não é isso que o País quer!
Este tema é um bom exemplo de como a agenda de alguns políticos não coincide com a agenda da cidadania. O que Portugal precisa não é de mais Estado, mas de Estado mais eficiente. O País precisa de políticas e de uma organização territorial que ponham travão ao crescimento urbano desregrado, sem suporte em infra-estruturas adequadas; e aos espaços urbanos desqualificados, inseguros e sem identidade.
Necessário é continuar a transferir e delegar nos Municípios e nas Entidades Supra Municipais (Áreas Metropolitanas) competências sectoriais no âmbito da saúde, educação, infra-estruturas de saneamento básico e abastecimento público, ambiente, conservação da natureza e recursos naturais, segurança e protecção civil, acessibilidades e transportes, promoção do turismo e cultura, valorização do património, apoios ao desporto e à juventude. Porque coincide mais com a agenda de alguns protagonismos e não com as preocupações dos cidadãos que estão centradas no emprego, na educação, saúde, segurança social.